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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

POLITICA>Novais é 5º ministro a deixar governo Dilma em 3 meses

Por Hugo Bachega e Jeferson Ribeiro
 (Reuters) - Pedro Novais pediu nesta quarta-feira demissão do cargo de ministro do Turismo após denúncias de uso indevido de dinheiro público. O pedido foi aceito pela presidente Dilma Rousseff, informou a Presidência.
Novais é o quinto ministro a deixar o governo Dilma em pouco mais de três meses, após as saídas de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa) e Wagner Rossi (Agricultura).
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quarta acusou Novais de usar um funcionário contratado pela Câmara dos Deputados como motorista de sua mulher.
Na véspera, o jornal já havia afirmado que Novais, de 81 anos, usou recursos da Câmara quando era deputado para pagar o salário de uma empregada particular.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, o encontro entre Dilma, Novais e o vice-presidente Michel Temer, no qual o ministro entregou sua carta de demissão, foi rápido, durou de 15 a 20 minutos.
Ainda não foi definido o substituto de Novais na pasta, mas de acordo com o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), o nome sairá da bancada do partido na Casa. Segundo ele, o PMDB não apresentará nomes a Dilma, mas colocará à disposição da presidente todos os nomes da bancada.
Novais já havia enfrentado denúncias de uso indevido de dinheiro público quando foi indicado ao cargo no fim do ano passado. Ele anexou uma nota fiscal de um motel em São Luís (MA) numa prestação de contas quando era deputado. Posteriormente, ele devolveu os recursos à Câmara.
As novas denúncias deixaram Novais sem apoio político de parlamentares de seu partido, o PMDB, o que tornou impossível sua permanência no posto e levou a seu pedido de demissão.
Neste ano o Ministério do Turismo foi alvo da Operação Voucher, da Polícia Federal, que investigou desvio de recursos públicos destinados a convênios realizados pela pasta. Na ocasião, 36 pessoas foram presas, entre elas o então secretário-executivo e número dois da pasta Frederico Silva da Costa.

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