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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lixo hospitalar importado no Recife é proveniente de hospitais militares dos EUA

Receita Federal localizou material importado guardado em galpão A comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar a devolução do lixo hospitalar encontrado no Recife e importado dos Estados Unidos encontrou indícios de que parte dos resíduos é proveniente de hospitais militares instalados pelos norte-americanos no Iraque e no Afeganistão. A informação estará presente no relatório final do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), previsto para ser concluído ainda este mês. Depois de analisar os resíduos dos dois contêineres parados no Porto de Suape (PE), os deputados que compõem a comissão identificaram, em lençóis descartados, as logomarcas dos hospitais de campanhas militares dos Estados Unidos. "Todos os indícios são de que parte do lixo é proveniente do Iraque e do Afeganistão. As características são de hospitais instalados para as guerras nos dois países", disse o relator da comissão, Protógenes Queiroz, eleito deputado depois de atuar como delegado da Polícia Federal (PF).

Em 11 de outubro, a Receita Federal apreendeu, no Porto de Suape, o primeiro dos dois contêineres. A importação foi feita por uma empresa brasileira, posteriormente multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Lençóis manchados com sangue, seringas e luvas, dentre outros resíduos hospitalares, faziam parte da carga transportada até o litoral de Pernambuco. Parte do lixo passou a ser vendida no interior do estado.

Parados no porto O Ibama e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinaram à empresa importadora que providenciasse a devolução do lixo hospitalar, o que ainda não ocorreu. Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF) para investigar o episódio, e como os resíduos se constituem em prova pericial para se descobrir a origem da carga, os dois contêineres - com 46 toneladas de lixo - continuam parados no Porto de Suape.

Diante das evidências de que parte dos resíduos é proveniente de hospitais de campanhas militares, as negociações passaram a envolver o Itamaraty e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A polícia federal norte-americana, o FBI, também acompanha as investigações.Estado de Minas

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