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domingo, 15 de janeiro de 2012

247 – Em lugar de segregação, assimilação. Para quem só viu, até agora, do poder público, pouca assistência social e muitas borrachadas, hoje (14) está sendo um dia para comer e relaxar. Tudo porque um coletivo chamado DAR – Desentorpecendo A Razão – resolveu, como se fosse brincadeira, prestar solidariedade aos centenas de desvalidos da cracolândia – e em atenção a eles oferecer uma grande churrascada em plena rua Helvética, no coração da problemática região. O resultado, como se vê até aqui, quando a atividade ainda se desenrola (18h00), é o melhor possível: adesão total da população exposta ao vício, nenhum incidente e horas sem usar o nefasto crack. Um golaço de cunho social.
Abaixo, notíciário da Agência Estado a respeito:
Grupos, entidades e coletivos realizam na tarde deste sábado uma manifestação contra a Operação Cracolândia. O "Churrascão da Gente Diferenciada versão Cracolândia", na Rua Helvétia, local tradicionalmente ocupado por usuários de droga na região central de São Paulo e um dos principais alvos da operação policial.
O intuito da manifestação, segundo o coletivo Dar (Desentorpecendo a Razão), um dos responsáveis pela mobilização de hoje, é protestar contra o tratamento dado aos dependentes do crack, alvo da operação policial. "Higienismo, preconceito, segregação, violência, intolerância, tortura, abuso de autoridade e mesmo suspeitas de assassinato passaram a ser ainda mais constantes nos dias e principalmente nas madrugadas do bairro", diz o grupo em página sobre o evento divulgado pelo coletivo no Facebook, por meio do qual cerca de 4 mil pessoas confirmaram presença.
O nome do evento faz alusão a uma manifestação realizada no ano passado em Higienópolis, em protesto a moradores do bairro que se declararam contrários à construção de uma estação de metrô na região, uma das mais valorizadas da capital paulista. O coletivo diz que o "churrascão difereciado" é um tipo de evento que ficou marcado na cidade como forma de combater, de maneira bem humorada e crítica, o preconceito e o racismo dos políticos e das elites paulistanas. "Na cracolândia todo mundo é gente como a gente", diz.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que soube da manifestação por redes sociais e não tem maiores informações. De Agência Estado

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