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segunda-feira, 5 de março de 2012

Crescimento: Alta de apenas 0,7% no PIB já garantiria Brasil como 6ª economia do mundo

Um crescimento de apenas 0,7% em 2011 já seria suficiente para que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ultrapassasse o da Grã-Bretanha, tornando o Brasil a sexta maior economia do mundo, segundo cálculos feitos a pedido da BBC Brasil pela consultoria IHS Global Insight, com sede nos EUA.

Os resultados oficiais relativos a 2011 só serão divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, dia 6, mas a expectativa é de que a economia brasileira tenha avançado bem mais do que 0,7%.

O último relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Mundial), divulgado pelo FMI na última semana de janeiro, projeta crescimento de 2,9% para o Brasil em 2011.

O resultado, caso se confirme, é bem menor do que os 7,5% registrados em 2010 e também fica abaixo da média global, que foi de 3,8% em 2011.

No entanto, mesmo com esse crescimento mais fraco, o Brasil ainda supera a Grã-Bretanha.

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas a economia britânica avançou 0,8% em 2011.

Real e inflação

Segundo a IHS Global Insight, o fato de o PIB nominal do Brasil em dólar ultrapassar o da Grã-Bretanha se deve em grande parte à apreciação do real e à inflação brasileira, mais alta que a britânica.

"Não é a economia, mas sim a força do real e um pouco de inflação que tornam o Brasil maior que a Grã-Bretanha na comparação em dólar", disse à BBC Brasil o economista Rafael Amiel, diretor de América Latina da IHS Global Insight.

No cálculo do PIB nominal feito pela IHS Global Insight, os valores nas moedas locais dos dois países foram convertidos para dólares com base em uma média da taxa de câmbio no ano inteiro.

"Você pode se perguntar se a apreciação do real reflete apenas fluxos de capital especulativos e maior receita de exportações por causa dos altos preços das commodities, ou se há ganhos reais de produtividade que colocam o Brasil em uma posição melhor que a da Grã-Bretanha", diz Amiel.

"Na minha opinião, o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente", afirma. Da BBC Brasil

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