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terça-feira, 20 de março de 2012

Novo líder do governo no Senado enfrenta hoje seu primeiro teste

O PMDB não deve dar nenhuma resposta imediata para reagir à troca de comando na articulação política no Senado e a substituição de Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM). Nesta terça-feira haverá o primeiro teste de Braga no plenário, mas até agora tudo indica que o governo não sofrerá nenhum percalço na votação da medida provisória 547/2011, que institui a Política Nacional de Defesa Civil e dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil. A MP caduca nesta quarta-feira e o relator, Casildo Maldaner (PMDB-SC) foi convencido pelo líder a retirar uma emenda que instituía um fundo de prevenção de catástrofes para que a matéria não volte a Câmara.
Se for aprovada, a MP destranca a pauta. O líder do PT ,Walter Pinheiro (BA), diz que com ou sem acordo tem que votar hoje essa MP de qualquer jeito. "A base não está necessariamente em paz, mas vamos votar de qualquer jeito porque amanhã a MP morre", disse Pinheiro, admitindo que será o primeiro teste de Braga.

Da ala independente do PMDB, o relator da matéria, Casildo Maldaner, aceitou retirar de seu relatório uma emenda que previa a criação do fundo. Mas com a promessa, feita por Braga, de que o Governo vai mandar uma outra proposta no mesmo sentido.
Da Agência O Globo


"Cada real gasto na prevenção são dois economizados na recuperação. O bom senso leva a isso ( votação nesta terça), porque se voltar para a Câmara naquele tumulto de decidir se pode beber ou se não pode, código florestal e outras confusões, não vota nunca", disse Maldaner.

A cúpula do PMDB se reuniu no Palácio do Jaburu com o vice presidente Michel Temer, na segunda-feira, para discutir novas estratégias para reagir à disposição da presidente Dilma Rousseff de mudar a correlação de forças no Congresso. Mas um dos dirigentes peemedebistas já avisou que o troco não virá agora.

O líder Eduardo Braga esta reunido com o líder do PR, senador Blairo Maggi (PR-MT), que na semana passada anunciou a ida de seu partido para a Oposição, depois que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, lhe comunicou que o partido não teria de volta o Ministério dos Transportes. Na semana passada Braga declarou o desconforto de Dilma com a faca no pescoço e que com a pressão nada seria resolvido.

"Nós estávamos justamente exaurindo o diálogo e o entendimento para que pudéssemos ir de forma consensual, e eu espero que aprovemos a primeira MP sob nova direção, diria eu, na área de Defesa Civil. Tomara Deus que dê tudo certo", disse Eduardo Braga.

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