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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Com 40 mil casos, Rio tem risco iminente de epidemia de dengue

Com 40.252 casos neste ano, a cidade do Rio está na iminência de uma epidemia de dengue.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o município tem atualmente 296,5 casos por cem mil habitantes por mês. Para o órgão, a epidemia terá se instalado se esse número chegar a 300, desde que mantenha a tendência de crescimento.

A maioria dos casos é causada pelo sorotipo quatro do vírus, que entrou no país em 2010.

Em três áreas da cidade, no entanto, já há surto da doença: Campo Grande e adjacências (com 657,5 casos por cem mil habitantes por mês), Madureira e adjacências (516,9) e Bangu e adjacências (334,3).

Em todo o Estado, o número de casos suspeitos chega a 53.689. Dez mortes foram confirmadas, sendo nove na capital.

A epidemia que se anuncia, porém, não será tão grave quanto a registrada em 2008, segundo o pediatra e epidemiologista Marcos Junqueira do Lago, da Faculdade de Medicina da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Isso porque a chegada do inverno deve interromper o ritmo de infecção.

"Vamos ter no máximo mais um mês e meio de calor e chuva. A partir de junho a replicação do mosquito cai muito e o número de casos vai diminuir", diz.

Junqueira do Lago afirma, no entanto, que assim que o verão chegar a epidemia deve voltar a se instalar --e provavelmente com mais gravidade, já que os ovos do Aedes aegypti podem durar por quase um ano sem água. Quando as chuvas voltarem, portanto, muitos já nascerão com o vírus.

O infectologista diz ainda que a chegada do sorotipo 4 à cidade aumenta as chances de que a situação saia de controle no próximo verão. Como esse sorotipo não circulava no país há várias décadas, a maior parte da população é suscetível a ele --a imunidade é adquirida apenas quando há contato prévio com o vírus, que muitas vezes pode ser assintomático.

Junqueira do Lago diz que, apesar de o governo ter melhorado o combate aos focos do mosquito em relação a anos anteriores, as medidas ainda não foram suficientes.

"Reconheço o esforço da secretaria, mas para que haja sucesso é preciso uma operação de guerra, com toda a população de fato engajada a combater o mosquito", diz. De Folha.com

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