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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ideli terá de explicar compra de lanchas à Comissão de Ética

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República acatou nesta segunda-feira a representação do PSDB contra a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por causa da compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. Além disso, na reunião desta segunda-feira da Comissão, a defesa do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, foi considerada insuficiente pelo relator do procedimento, conselheiro Fábio Coutinho. Ele pediu mais esclarecimentos a Pimentel sobre as consultorias que lhe renderam R$ 2 milhões antes de integrar o governo Dilma Rousseff. "O ministro Fernando Pimentel apresentou no prazo os esclarecimentos pedidos, mas o relator pediu informações complementares", disse o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.

Com base em reportagens publicadas pelo GLOBO, o PSDB entrou com representação da Comissão de Ética Pública, no fim do ano passado, pedindo investigação das consultorias feitas por Pimentel no período entre a sua saída da prefeitura de Belo Horizonte e sua posse no ministério. Entre 2009 e 2010, Pimentel faturou R$ 2 milhões, com consultorias. Metade desse dinheiro foi pago pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras nas dez regionais da entidade. As palestras não ocorreram.


O conselheiro Américo Lacombe foi escolhido para analisar as explicações de Ideli sobre a compra das lanchas. A ministra mandou esclarecimentos à comissão espontaneamente. Em março deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidade na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. A empresa Intech Boating, fabricante das lanchas, contribuiu com recursos para a campanha do PT, em Santa Catarina, nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado. Ideli foi ministra da Pesca nos primeiros meses do governo Dilma. "Com relação à ministra Ideli, ainda está em fase preliminar. Ela apresentou esclarecimentos voluntariamente, e o relator deverá apresentar seu voto para ver se abrimos procedimento ético", disse Sepúlveda.

A comissão, segundo Sepúlveda, não chegou a analisar o caso do subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, que admitiu ter "relações políticas" com Wladimir Garcez, o segundo no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A comissão decidiu ainda aplicar censura ética ao ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, pela declaração de que não cumpriria a quarentena ao deixar o governo, embora depois ele tenha dito à comissão que estava pronto a cumprir essa regra. Também foi arquivado o procedimento em relação à ministra da Cultura, Ana de Hollanda, que recebeu oito camisetas do Império Serrano, após ter regularizado a situação da escola de samba, que devia prestações de contas à pasta. "O procedimento foi arquivado por não se encontrar falta ética", disse Sepúlveda. Da Agência O Globo

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