Um homem de 43 anos, suspeito de planejar o assassinato do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi preso no início da noite de terça-feira, segundo a imprensa uruguaia informou hoje. Ele foi identificado pela imprensa uruguaia como o advogado Alejandro Melgar Pereira, conhecido como Lucas, e é acusado de pertencer a um grupo terrorista envolvido em um tiroteio com a polícia boliviana, em 2009. Melgar estaria tentando embarcar para o Brasil quando foi capturado pela Interpol, no Aeroporto Internacional de Carrasco, no Uruguai.
Em 2010, a juíza Betty Yañiquez ordenara a prisão preventiva de Melgar. Nesse mesmo ano, o acusado teria decidido morar no Uruguai, onde estaria residindo legalmente. O jornal "El País", do Uruguai, informou que Melgar trabalhava para um importante escritório em Montevidéu. No jornal "El Deber", Johnny Melgar contou que o seu filho tem cidadania uruguaia e que o ajudava a coordenar, de Montevidéu, seu escritório no departamento boliviano de Santa Cruz. Ele garantiu que todos sabiam onde o seu filho estava e que Melgar chegara a viajar para a Argentina recentemente. A viagem ao Brasil seria a trabalho.
Há três anos, no dia 16 de abril, houve uma troca de tiros entre a polícia e estrangeiros hospedados no Hotel Las Américas, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Três suspeitos foram mortos pelas forças de segurança: Eduardo Rózsa-Flores, boliviano de origem húngara; Árpád Magyarosi, húngaro-romeno; e Michael Martin Dwyer, um irlandês. Um croata e um húngaro também foram presos nessa operação. Meses depois, um outro irlandês que teria participado do atentado foi preso em Brasília.
Contudo, segundo um documento vazado pelo WikiLeaks, diplomatas americanos acreditam que o plano de atentado contra o presidente tenha sido inventado pelo governo de Morales e que o episódio tenha sido arquitetado pelos serviços de inteligência da Bolívia, para culpar e enfraquecer a oposição. Além disso, existe um movimento que defende a autonomia do Departamento (Estado) de Santa Cruz, no leste do país, próxima à fronteira com o Brasil. Da Agência O Globo
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