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domingo, 13 de maio de 2012

Brasil tem poucos bons exemplos ambientais

Quando sentar à mesa de negociações da Rio+20, em junho, com cerca de 130 chefes de Estado, a presidente Dilma Rousseff pretende apresentar o Brasil como um líder mundial na discussão de sustentabilidade. No entanto, um mapeamento das principais políticas públicas de sustentabilidade adotadas por estados e municípios, concluído este mês por consultores contratados pelo Ministério do Meio Ambiente, mostra como o país ainda está atrasado no assunto. A expectativa é de que os poucos exemplos de políticas que conseguem combinar os três pilares do desenvolvimento sustentável — o econômico, o social e o ambiental — possam ser replicados.

A incoerência do próprio governo federal vem sendo debatida. Propondo medidas ecologicamente corretas em uma frente e estimulando vendas recordes de automóveis em outra, por exemplo, o Executivo também terá que rever suas prioridades. "Temos percebido um consenso cada vez maior em como combinar tudo isso com mecanismos que contemplem o lado social e ambiental", defende o assessor extraordinário para a Rio+20, Fernando Lyrio.

Segundo os consultores responsáveis pelo mapeamento, a situação encontrada nos estados e municípios é preocupante. "As iniciativas de economia verde estão ainda incipientes. Há alguns estados que estão quase sem nada e, outros, como o Acre ou a Bahia, um pouco mais avançados", explica Roland Widmer, um dos consultores do levantamento. Na opinião dele, o Acre é hoje o estado que mais está à frente na questão.


Uma das principais políticas acreanas é o Manejo Florestal Comunitário. Além de estratégia de conservação, o programa criou um novo segmento econômico, com pessoas passando a se interessar pela ferramenta, devido ao incremento na renda mensal. Atualmente, 500 famílias atuam em 127 mil hectares e atendem as necessidades da região, como o polo moveleiro de Cruzeiro do Sul, a fábrica de pisos de Xapurí e os laminados de Triunfo.

DESTAQUE Entre as cidades brasileiras, o destaque vai para Paragominas, no Pará, citada pelos especialistas como exemplo a ser seguido. Em 2008, Paragominas foi incluída na lista negra de municípios que mais desmatavam na Amazônia e passou a sofrer restrições a linhas de crédito rural. Só sairia da relação se conseguisse reduzir o desmatamento a um máximo de 40 quilômetros quadrados por ano. Na época, o índice superava 300 quilômetros quadrados anuais.

A cidade lançou naquele ano o programa Município Verde. "Regularizamos nossas propriedades para arrumar a economia", explica o secretário de Meio Ambiente de Paragominas, Felipe Zagallo. Cinquenta e uma entidades locais assinaram o Pacto pelo Desmatamento Zero, proibindo a devastação. De http://www.em.com.br/

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