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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Caderneta de poupança fica menos vantajosa

Apresidente Dilma Rousseff assumiu o ônus e bateu o martelo, ontem, sobre as mudanças nas regras da poupança. Os novos depósitos passarão a ter uma rentabilidade inferior à atual caso a taxa básica da economia (Selic) caia abaixo de 8,5% ao ano. Mas os 98 milhões de brasileiros que já possuíam saldo na caderneta não precisam se preocupar, pois o dinheiro e o tamanho do rendimento ficam intocados - as alterações valem apenas para quem aplicar a partir de hoje.

Com receio de reações negativas, Dilma passou o dia reunida com parlamentares, sindicalistas e empresários em busca de apoio para a medida. A estratégia era convencer de que não há qualquer semelhança com o confisco promovido pelo governo Collor, em 1992.

As novas regras vigoram a partir de hoje, porém, ainda não tem efeito prático sobre a rentabilidade da poupança, o rendimento só muda caso a Selic venha a ficar abaixo de 8,5% ao ano. A partir desse nível, o lucro do poupador será equivalente a 70% da Selic, ou seja, ao invés dos 6,17% anuais de lucro, o retorno seria de 5,6% mais a Taxa Referencial (TR). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez questão de frisar ainda que a caderneta continua isenta de Imposto de Renda e com liquidez diária, o consumidor pode sacar no momento em que desejar.

A mudança foi feita por meio de medida provisória publicada em edição especial do Diário Oficial da União. “Temos cerca de 100 milhões de cadernetas que representam uma poupança de R$ 431 bilhões. Para essas pessoas, as regras ficam inalteradas”, explicou Mantega. “A caderneta continuará sendo a melhor opção de poupança para a maioria da população brasileira”, ressaltou.

O governo decidiu enfrentar a polêmica mudança na poupança por necessidade. Se a poupança permanecesse com rendimento de 6,17% ao ano mais TR, com a Selic abaixo de 8,5% ao ano, haveria uma corrida de grandes investidores para as cadernetas. O governo não conseguiria vender os títulos da Dívida Pública e teria dificuldades para bancar seus gastos, os juros subiriam novamente. Do Correio Braziliense

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