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domingo, 13 de maio de 2012

Entre o melhor e o pior salário, diferença de R$ 16,4 mil

Uma diferença de R$ 16.490 separa a ocupação mais bem paga daquela de pior remuneração no Brasil. Enquanto juízes têm renda média de R$ 16.784, a ocupação chamada pelo IBGE de “trabalhadores elementares da caça, pesca e aquicultura” recebe, em média, R$ 294. Seguindo os juízes, vêm médicos especialistas e gerais, com renda média de R$ 10.052 e R$ 9.509, respectivamente. Já nos antepenúltimo e penúltimo lugares no ranking das ocupações de pior renda, estão “agricultores e trabalhadores qualificados no cultivo de hortas, viveiros e jardins”, e “trabalhadores elementares da agricultura” (ganhando, respectivamente, R$ 311 e R$ 307).
— Talvez o salário de juiz seja mais alto justamente por não permitir acúmulo com outros rendimentos. Não podemos fazer bicos ou receber hora extra. Conversando com um médico, ele me contou que ganha R$ 1 mil por plantão. E médicos podem ter mais de um emprego — diz Renata Gil, juíza criminal no Rio e vice-presidente de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). — Além disso, juízes têm função de poder, e precisam de remuneração adequada a essa natureza. Sou filha de professora e policial, e não posso pôr meus filhos no mesmo colégio em que estudei, por questões de segurança.
A magistrada, porém, destaca que outras profissões mereceriam constar da lista de ocupações mais bem pagas no país:
— Professores, por exemplo. Aliás, deveriam ser os mais bem pagos pela relevância de longo prazo que a função deles possui.
Profissional do setor com maior proporção de mulheres, o de “especialistas em tratamento de beleza e afins” (que, para o trabalhador branco, tem renda média de R$ 779), a esteticista Denise Santos trabalha num salão de beleza em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Completou só o ensino médio, diz que ainda quer fazer uma faculdade de Enfermagem, e conta com orgulho que a filha de 19 anos acabou de passar para História na Uerj:
— E quero ver meus outros dois filhos na faculdade também. Para terem emprego melhor que o meu, e um salário que permita, por exemplo, plano de saúde. Ninguém lá em casa tem . Da Agência O Globo

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