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quarta-feira, 9 de maio de 2012

TÁ APERTANDO: MP vai investigar viagens ao exterior do governador fluminense

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou nesta quarta-feira que o Procurador-Geral de Justiça, Cláudio Lopes, solicitou na terça-feira ao governador Sérgio Cabral informações sobre suas viagens ao exterior. A reportagem mostrou nesta quarta-feira o governo do peemedebista aumentou em 294% os gastos da administração estadual com diárias no exterior desde 2007. Naquele ano, foram pagos R$ 663 mil para esse tipo de despesa contra R$ 3,2 milhões em 2011 — aumento nominal de 391%. Atualizando valores pela inflação, o aumento fica em 294%.
O Procurador-Geral aguarda as respostas para serem analisadas pela Assessoria da Chefia Institucional.

Cabral vem sendo questionado por suas viagens após divulgação, no blog do deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), de imagens suas e de secretários estaduais em jantares e festas em que estava presente o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, que é amigo de Cabral e tem contratos com o estado.

De acordo com o governo, Sérgio Cabral fez 37 viagem ao exterior em missão oficial desde 2007. Vinte e uma dessas missões tiveram como destino a França. Paris, a capital francesa, recebeu o governador cinco vezes neste período. Pelo menos quatro deputados estaduais —Marcelo Freixo (PSOL), Luiz Paulo (PSDB), Clarissa Garotinho (PR) e Paulo Ramos (PDT) — formalizaram na mesa diretora da casa requerimentos em que pedem informações sobre estas viagens. Nenhum deles, no entanto, recebeu resposta.



Após audiência na comissão de Viação e Transportes da Câmara nesta quarta-feira, para discutir os gargalos das rodovias no Rio, o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, saiu em defesa do governador Sérgio Cabral. O vice defendeu seu superior na questão dos gastos com viagens ao exterior, em sua amizade com o dono da empreiteira Delta e sobre sua possível ida a CPI do Cachoeira.
"O Sérgio tem que viajar. Será que sentado no Rio, rezando, ia conseguir isso? (trazer investimentos ao estado). Se ficar sentado no Rio, não consegue atrair investimento. É o trabalho dele e eu fico segurando a parte administrativa", disse, após audiência na Comissão de Viação e Transportes na Câmara, para discutir os gargalos das rodovias no Rio.

O vice-governador também defendeu Cabral sobre suas relações de amizade com o ex-presidente da empreiteira Delta, empresa mencionada em investigação da Polícia Federal sobre o contraventor Carlinhos Cachoeira. Diversas fotos foram divulgadas de viagens de Cabral com Fernando Cavendish.
"Não há nenhuma reação nas ruas, vejo o povo muito solidário a ele", afirmou Pezão, que disse que as obras da empreiteira no estado estão caminhando bem, sem irregularidades:

"As obras que a Delta tem estão andando normalmente. A obra do Arco Metropolitano, do saneamento de São Gonçalo, a Delta continua funcionando normalmente. Estamos 30 dias avançados no Maracanão, em 20 de maio com 50% e vamos entregar a obra no prazo."

Por fim, o vice ainda afirmou que, caso Cabral seja convidado a depor na CPI do Cachoeira, para explicar sua relação com Cavendish, irá, mas que não há razão para que ele preste esclarecimentos.

"Não há motivo. Trazer uma pessoa à CPI porque é amigo, porque apareceu numa foto de um jantar, é um absurdo. Ele nunca negou a amizade", disse. Da Agência O Globo

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