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segunda-feira, 9 de julho de 2012

"Se for aprovado, será a maior injustiça do Parlamento brasileiro", diz Demóstenes sobre processo de cassação

Camila Campanerut Do UOL, em Brasília
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido –GO) afirmou nesta segunda-feira (9) que a votação pela cassação dele por quebra de decoro  parlamentar, que será julgado pelos senadores na próxima quarta-feira (11), “será a maior injustiça do Parlamento brasileiro”.

“Estamos na antevéspera do momento que o Senado não pode se curvar ao sensacionalismo. Depois de amanhã, esta Casa vai votar um projeto de resolução que determina a perda do meu mandato.  Se ele for aprovado, será a maior injustiça do parlamento brasileiro”, afirmou o parlamentar em seu sexto discurso consecutivo na tribuna para se defender. 
Em sua estratégia de defesa, o senador goiano vem falando em plenário durante toda a semana passada e apontando possíveis falhas do processo que pode resultar na perda de seu mandato e de seus direitos políticos até 2027.
Na fala de hoje, Demóstenes enfocou o mérito das acusações que pesam contra ele. “Será injusto porque não há provas, os indícios apresentados foram colhidos ilegalmente e depois vazados de forma criminosa”, completou.
"Será injusto porque é inconstitucional, já que desde o início se desrespeitou o princípio do juiz natural e, agora, se está violando o princípio da ampla defesa. O Guardião, o sistema de grampos da polícia, não pode ser superior ao guardião da Constituição, que é o Supremo Tribunal Federal."
Mais uma vez, o senador destacou a necessidade de se fazer uma nova perícia nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e que afirmou que se deveria aguardar a resposta do STF sobre a legalidade ou não das provas.
 
"Portanto, é fundamental manter o alerta sobre o precedente perigosíssimo de se cassar um mandato com base em ilegalidades não do representado, mas do mecanismo que gerou a representação."
 
E reforçou: “A verdade é que não quebrei o decoro parlamentar, não cometi ilegalidades, não menti em discurso no Plenário do Senado, não recebi vantagem indevida, não pratiquei irregularidades, não me envolvi em qualquer crime ou contravenção, não conhecia as atividades de Carlinhos Cachoeira investigadas pela Operação Monte Carlo”. “Nenhuma das acusações configura quebra de decoro parlamentar”, disse o senador.
 
Nesta terça-feira, o parlamentar deve falar novamente em plenário, e na quarta-feira (11) , ele também terá um tempo para se defender frente os demais colegas que vão julgar o futuro dele no Senado.

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