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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Agnelo Queiroz pagou propina para não ser denunciado


Agnelo deu dinheiro a policial que ameaçava delatar esquema no Esporte
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), pagou R$ 7.500 para o policial militar João Dias Ferreira na mesma época em que o PM ameaçava delatar um esquema de desvio de recursos em convênios do Ministério do Esporte, quando o órgão era comandado por Agnelo (2003-2006).
As transferências - três depósitos de R$ 2.500, com intervalo de cerca de 30 dias entre cada um - constam dos extratos bancários de Agnelo remetidos pelo BRB (Banco de Brasília) à CPI do Cachoeira esta semana, e aos quais a Folha teve acesso.
Os pagamentos ocorreram nos 1º de fevereiro, 4 de março e 31 de março de 2008. Na época, Agnelo, então no PC do B, era diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em dezembro de 2007, dois meses antes do início dos pagamentos, uma auditoria do ministério identificou fraudes em convênios firmados com ONGs de João Dias.
Com a auditoria, a Polícia Militar do DF abriu uma sindicância para investigar João Dias, que passou, então, a pressionar o ministério a recuar e, segundo o próprio, ameaçou revelar à imprensa as irregularidades ocorridas na gestão Agnelo.
Em abril daquele ano, o ministério, já comandado por Orlando Silva (à época, do mesmo partido de Agnelo Queiroz), esvaziou a apuração contra a ONG de João Dias. Na ocasião, o ministério havia enviado um ofício em resposta à Polícia Militar relatando irregularidades nos convênios e afirmando que eles estavam inadimplentes. No entanto, cinco dias depois, o ministério enviou um novo ofício pedindo que o parecer anterior fosse desconsiderado.
Em outubro passado, o policial afirmou à Folha que o recuo ocorreu "pouco depois de fazer ameaças de denunciar à imprensa irregularidades no ministério".
O sigilo bancário de Agnelo só foi enviado à CPI do Cachoeira pelo BRB, controlado pelo governo do DF, quase dois meses depois do prazo estipulado e gerou reclamação formal da comissão ao banco. *Leia mais na Folha online

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