O Supremo Tribunal Federal não é apenas a corte suprema de justiça, mas também é uma corte política. O modo como são escolhidos os ministros, por indicação política presidencial, e sua composição, comprovam isto.
. O que acontece é que neste julgamento do Mensalão, isto nunca foi tão evidente.
. A boa notícia é que o STF parece estar muito cioso da instância republicana que representa - o último bastião da moralidade, da ética e da legalidade. Ele parece querer preservar isto e até ampliar sua influência.
. É como o editor lê estas condenações iniciais do ex-financeiro da campanha de Lula, Henrique Pizzolato, de Marcos Valério e dos seus dois sócios. Essa gente garantidamente cumprirá pena com privação de liberdade.
. O deputado João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, líder nacional do PT, vai no mesmo caminho.
. Se ficasse por aqui, o julgamento do Mensalão já teria produzido seus efeitos, criando novas jurisprudências (lavagem de dinheiro) e novas interpretações (peculato), o que influenciará o comportamento de políticos de todos os matizes daqui para a frente.
. E isto que o julgamento mal começou.
. Na quarta-feira, o ministro Cesar Peluzzo dará seu voto sobre o primeiro dos oito itens em julgamento, o de número 3. Ainda votarão os ministros Ayres Brito, Marco Aurélio Melo, Celso Melo e Gilmar Mendes.
. Estão em julgamento, neste momento, apenas 4 dos 37 réus.
. A cada dia que passa, amplia-se a evidência de que no processo do Mensalão falta um réu, o 38º e principal, o verdadeiro chefe da organização criminosa, o ex-presidente Lula. A rede de proteção que blinda Lula, mais hora ou menos hora irá desmoronar e ele será obrigado a prestar contas pelo que fez. Por Políbio Braga
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