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sábado, 18 de agosto de 2012

VASCO: EURICO DIZ> 'DIRETORIA ATUAL É MÁ PAGADORA'


Eurico Miranda - (Foto: Bruno de Lima)O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, falou nesta sexta-feira sobre o caso envolvendo Romário e o Vasco, em que o Baixinho cobra uma dívida de aproximadamente R$ 58 milhões e alega ter documentos que comprovam o déficit cruz-maltino. Entre eles, inclusive, uma confissão de dívida assinada por Eurico.
O ex-mandatário acusa a atual diretoria de má pagadora ao não reconhecer a dívida com Romário e afirma que o que está acontecendo é um crime.
- Quando você não paga uma dívida, tem uma multa. E se entrar em juízo tem mais honorários advocatícios, cláusulas penais que estão em contrato. O fato de ignorarem, eles deixaram que passassem uma dívida que era na época de R$ 14 milhões, ou com alguma correção ou outra, de R$ 15 milhões, virar hoje R$ 58 milhões, e é uma dívida que é líquida e certa. Nós temos aí a história do mau pagador. Eles alegaram que não tem documento, aí os advogados apresentaram os documentos, e agora começaram a duvidar das assinaturas. Isso é negócio de mau pagador, o cara que não quer pagar. Essa administração está cometendo um crime de lesa-Vasco, porque como escapar não tem, o prejuízo que deram ao clube não tem reparação - disse, em entrevista à Rádio Tupi.

Eurico Miranda ressalta que a dívida era reconhecida até 2008, mas em 2009, ano em Roberto Dinamite assumiu um clube, várias dívidas foram tiradas do balanço, entre elas, a que o Cruz-Maltino tinha com Romário.
- O balanço foi aprovado no fim de 2008, e reconhecida a dívida. O Conselho se reuniu, e em 2009 tiraram do balanço na caneta essa e mais outras dívidas. As que eles acharam que não deviam pagar tiraram na caneta, como se pudessem fazer isso.
Eurico explica, então, a origem da dívida, contraída no início dos anos 2000. Segundo ele, a gestão anterior teria conseguido um acordo com o ex-camisa 11.
- O Romário assinou um primeiro contrato com o Vasco em dezembro de 1999 de dois anos, que foi cumprido em 2000 e 2001. Depois foi feito um novo, de seis meses, em 2002. Havia o contrato de imagem da empresa dele, a Romario Sports, além do contrato de carteira, que é registrado na CBF. Além da importância mensal, havia também as premiações, que eram por conquistas etc. O Romário teve uma fase muito vitoriosa, foi campeão em 2000 da Mercosul, todos se lembram do jogo com o Palmeiras, e campeão brasileiro. Aí acumulou-se, mas o Romário sempre foi muito compreensivo neste ponto. Ele nos procurou por volta de março de 2004 e perguntou como íamos resolver a dívida. Aí, ficou acertado que a dívida, que era de R$ 22,498 milhões seria paga com correção de juros pequenos, pelo IGP-M, que era o índice mais baixo na época, em 150 parcelas (cerca de R$ 150 mil, cada uma).
Ainda de acordo com Eurico, o déficit seria quitado em parcelas, com valores provenientes dos direitos de TV.
- Ficou acertado, então, que as parcelas seriam pagas todo mês com o valor proveniente dos direitos de TV, no Clube dos 13, por interveniência do Fabio Koff, que era o presidente na época, assumindo o compromisso de descontar todos os meses. E efetivamente isso passou a ser feito, sendo debitado nas contas correntes do Vasco todos os meses. E foi sendo assim até junho de 2008, quando saí da administração do clube. Mas a primeira coisa que fizeram quando assumiram foi enviar um expediente para o Clube dos 13 para não descontar mais. E não descontou - disse ele, que salientou:
- Esses balanços não são balanços que se fabricavam na esquina. Eram publicados e aprovados pelo Conselho, com conhecimento pleno. Mais ainda: quando essa administração assumiu, no ano de 2008, quando fizeram só seis meses, publicou o balanço e foi aprovado. O Romário então peitou por diversas vezes para se fazer um acordo, mas eles empurraram para lá e para cá, então ele se viu compelido a entrar em juízo. Só que as pessoas fingem desconhecer. Pior, foi insinuado que isso foi um negócio, como se fosse um conluio, uma fraude. Chegaram a insinuar que o acordo visava a beneficiar a mim, que estaria levando algum nisso. Mas como se pode forjar uma dívida dessa?
Roberto Dinamite, por sua vez, garante que o compromisso não aparece nos documentos do Vasco e ressalta que ainda está procurando saber que dívida é essa que o Baixinho cobra.
- O que estamos buscando, neste momento, saber com representantes do Romário, que dívida é essa, já que na contabilidade do clube não aparece indício com relação a isso. O Vasco vai buscar os seus direitos, o que consideramos legal. E acho que a forma legal buscar aquilo que você julga correto é através da Justiça. E é isso que vamos fazer - disse ao SporTV. Do LANCENET! 

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