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domingo, 9 de setembro de 2012

Apesar de nova doença, cacauicultores renovam esperança com pesquisa


VENCESLAU BORLINA FILHO DO ENVIADO A BARRO PRETO (BA)
O cacauicultor Guilherme Malta, 42, é um dos 12 produtores selecionados para a primeira etapa do processo de inversão para a autossuficiência em cacau do Brasil. A tarefa consiste em melhorar as lavouras devastadas pela vassoura-de-bruxa.

De facão na mão, ele percorre os cinco hectares da plantação que serve de piloto retirando dos cacaueiros folhas e caules que possam estar afetados pela praga. Os resultados já começaram a aparecer e renovaram a esperança do agricultor.

"Eu acredito que, com esses esforços, eu possa ter uma lavoura melhor, consiga aumentar a minhaprodutividade, permaneça cultivando cacau com sustentabilidade e garantindo uma renda melhor para a fazenda", disse.

Com auxílio de técnicos da Mars, ele aprimorou os conhecimentos sobre o cultivo da planta -permitir incidência maior de luz e aplicação de fungicidas- e recebeu clones mais produtivos para substituir as árvores velhas.

Malta afirmou que sua meta é estender o cultivo aprimorado para os outros cem hectares da fazenda e ampliar a densidade de cacaueiros para mil unidades por hectare. "Preciso de mais 2.300 plantas", disse.

MONILA

A monília é a nova ameaça aos cacaueiros do Brasil. Originária do Equador, a doença ainda não chegou ao país. O governo já montou um plano de defesa, mas o temor dos produtores é grande por causa da devastação causada pela vassoura-de-bruxa.

De acordo com especialistas da Mars e da Ceplac, a doença causaria uma nova quebra de safra porque as plantas tolerantes à vassoura são vulneráveis à monília. Um agravante é a transmissão pelo ar e a sobrevivência dos fungos por até nove meses.

A Mars abriu quarentena para trazer ao Brasil plantas desenvolvidas no Equador com tolerância à doença. A medida é preventiva. Os testes são feitos em um outro centro de pesquisas da empresa montado em Miami (EUA).

"Nós estamos em busca de soluções e tentando retardar ao máximo a entrada da monília no Brasil. A principal atuação acontece na região Norte, que está mais próxima do Equador", disse o diretor da Ceplac, Jay Wallace da Silva Mota. Da Folha.com

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