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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

LULA E A PARÁBOLA DE ITAMARI-BA

Waldson Carlos Alves Menezes, conhecido como Kçulo, pode ou não se reeleger prefeito de Itamari, pequena cidade do interior baiano, a 330 quilômetros de Salvador. Mas já fez história. No vídeo que corre solto no YouTube, ele não só é flagrado comprando votos como mostra impressionante intimidade com a corrupção. Didático, o petista Kçulo compara política a uma feijoada. “O feijão é o voto e o dinheiro, o tempero”, ensina. “Se você tem o trocado, a feijoada sai gostosa, cheirosa e bonita.” A parábola de Itamari é simbólica como todas. Cozida com os mesmos ingredientes que encheram a pança e hoje tiram o sono dos que agora estão no banco dos réus do julgamento da ação penal 470. Kçulo sumiu. Seu crime, a compra de votos, é o mesmo que entra em pauta na sessão desta segunda-feira da Suprema Corte, quando começa o julgamento do núcleo político do mensalão. A afirmação de seu advogado segue linha idêntica à dos petistas de primeira grandeza. Atribui tudo à oposição. Ainda que mais amena do que “elite suja e reacionária” e “golpe de conservadores”, usados pelo presidente nacional do PT Rui Falcão, em discurso de desagravo à condenação do deputado João Paulo Cunha, a tese de atribuir o pecado ao adversário é a mesma. Combina também, em gênero e todos os graus, com a pregação de Lula. O ex-presidente não comparou política a uma feijoada - preferia alegorias futebolísticas -, mas defendeu a prática de ilícitos dos seus partindo de princípios muito semelhantes: os de que a política tem os seus vícios, todo mundo peca, malfeito todo mundo faz. Fonte: O Globo.
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