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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ministério da Saúde desperdiça 55 mil bolsas de plasma sanguíneo

A intensidade do noticiário sobre o julgamento do 'Mensalão do PT' juntamente com a campanha eleitoral se aproximando das eleições de 7 de outubro faz com que determinados fatos não tenham a divulgação que mereceria. Aos domingos muita gente ligada à Administração Pública, nas três esferas, acorda sobressaltada com denúncias que são publicadas nas revistas semanais, principalmente na 'Veja' e na 'Época'. O que sai na revista 'IstoÉ' não repercute como nas demais, mas a revista também publica alguns 'malfeitos' que não recebem o mesmo tipo de comentários como acontece quando as outras duas publicam deslises, principalmente praticados por integrantes do Governo Federal. Na edição do dia 5 deste mês, a revista 'IstoÉ' publicou algo estarrecedor, digno de uma ampla investigação, mas que não mereceu nenhum destaque na mídia;
Na página 40, 'IstoÉ' destaca: "Como o Governo deixou estragar 55 mil bolsas de sangue". E diz mais: "Descaso, incompetência administrativa e suspeita de um novo esquema de corrupção fizeram com que o Ministério da Saúde não desse uso de 13,7 mil litros de plasma sanguíneo avaliados em US$ 1,6 milhão", esclarecendo que três ministros esconderam o desperdício, apontando Humberto Costa Costa, José Gomes Temporão e o atual titular da pasta, Alexrande Padilha, como responsáveis pelo sangue jogado fora, contradizendo os milhões de reais que o Governo Federal gasta anualmente em campanhas de incentivo à doação de sangue;

A matéria da 'IstoÉ' esclarece que boa parte das doações é industrializada fora do País, retornando como hemoderivados, que são medicamentos essenciais no tratamento de hemofílicos. O plasma sanguíneo é a matéria-prima para a produção do medicamento e o litro dela chega a custar 120 dólares no mercado internacional, mesmo valor de um barril de petróleo. Osa 55 mil litros de que a revista fala estão escondidos num depósito do Ministério da Saúde, em Brasília, trancados a 50 graus negativos numa câmara frigorífica, vigiados por seguranças armados, com a validade vencida há cerca de nada menos que cinco anos. A denúncia é muito séria, porque o material pode ter até provocado mortes pela sua falta em hemocentros e bancos de sangue espalhados pelo Brasil;
Tudo começou na gestão de Humberto Costa, do PT, quando as 55 mil bolsas de plasma não foram utilizadas. Quando José Gomes Temporão, que era do PMDB e agora está no PSB, assumiu o ministério, foi contratado um laboratório francês, cujo contrato demorou a ser assinado por exigências da empresa e depois de dois anos o material perdeu a sua validade. O ministro atual, Alexandre Padilha, do PT nada fez até agora. Diz a reportagem de 'IstoÉ' que o Ministério Público Federal está apurando a denúncia. Isso é pouco. Há necessidade de que a 'imprensa golpista', como chamam os governistas passe a apurar a denúncia da revista, pois a ação do Ministério da Saúde neste caso está envolvendo possível perda de vidas humanas.

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