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terça-feira, 4 de setembro de 2012

O PT está no banco dos réus, mas quem cai é Serra

O PT está no banco dos réus, mas quem cai é Serra
247 – A colunista Eliana Cantanhêde, da Folha de S. Paulo, nota um suposto paradoxo nas eleições municipais deste ano. O PT está no banco dos réus, mas quem cai é Serra. Leia texto do 247 a respeito da aparente contradição e a coluna de Cantanhêde:
O pós-mensalão
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - Quem está no banco dos réus do mensalão é o PT, mas quem cai nas eleições de São Paulo é o candidato do PSDB, José Serra.

Isso só comprova que as eleições municipais, apesar de começarem a armar o jogo da sucessão presidencial, têm dinâmica própria, bem diferente da nacional. O que vale é a percepção do eleitor sobre quem é mais capaz de enfrentar o touro à unha: a saúde, a segurança, o transporte público.

O crescimento do petista Fernando Haddad não é surpresa, e o que deixa os analistas assanhados são a estabilidade de Celso Russomanno, do improvável PRB, e a queda de Serra, do imperial PSDB.

Até aqui, Russomanno surfou em duas ondas: primeiro, no desconhecimento de Haddad; depois, na rejeição de Serra. Ainda não se sabe até onde irá seu fôlego, se ele vai ou não morrer na praia.

Segundo Mauro Paulino, do Datafolha, 1/3 dos fiéis eleitores do PT que votaram em Marta Suplicy em todas as três últimas eleições para a prefeitura (2000, 2004 e 2008) hoje declaram intenção de voto em Russomanno. Corresponde a dez de seus pontos nas pesquisas e tende a voltar ao leito natural do PT, principalmente com a presença e a engenharia de Marta, que tem força ímpar na periferia e, enfim, mergulha na campanha de Haddad.

Muita água ainda vai rolar na eleição e convém resistir ao "adivinhômetro", mas já há constatações. Uma é que o abraço em Paulo Maluf fez muito menos mal a Haddad do que a aliança com Gilberto Kassab está fazendo a Serra. Outra é que Haddad é muito forte tanto para ser prefeito quanto para ser uma volta por cima do PT.

Nada como uma cara nova, uma família bem arrumada, um discurso diferente e um padrinho forte justamente quando o julgamento do mensalão encerra uma era e uma geração e começa outras. Inclusive no PT. Tomara que, dessa vez, para melhor.

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