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sábado, 22 de setembro de 2012

Paralisação nos Correios já começa a afetar população


A greve dos Correios, que começou na quarta-feira, prossegue hoje. De acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a aferição do ponto eletrônico mostrou que, no segundo dia de paralisação, 91% dos funcionários trabalharam normalmente – apenas 10.438, de um total de 120 mil trabalhadores, teriam aderido ao movimento.
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Fentect) rebate esse número, e afirma que pelo menos 16% já aderiram à paralisação. Na quarta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os sindicatos mantenham 40% dos trabalhadores atuando durante a greve.
O TST também decidiu levar a julgamento o dissídio dos Correios, já que não houve acordo entre a empresa e o sindicato na audiência de conciliação realizada em Brasília. A Fentect culpa os Correios pelo fracasso nas negociações. “A juíza (Maria Cristina Peduzzi) fez uma proposta que a empresa rejeitou de imediato. Não posso garantir que as assembleias aceitariam, mas em princípio parecia bem interessante”, afirma Jacques Bitencourt, do comando da greve.
Para garantir a entrega de cartas e encomendas, os Correios estão adotando medidas como a realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos fins de semana. Ontem, a ECT registrou um atraso de 24% nas entregas de cartas e encomendas. “Da carga diária, 76% está sendo entregue no prazo, o que equivale a 27 milhões de cartas e encomendas – o restante pode ter atraso de até um dia”, informou comunicado divulgado pela empresa.
Ainda segundo a nota, a rede de agências no País está aberta e funciona normalmente. “Todos os serviços de entrega dos Correios, incluindo o Sedex, estão disponíveis, com exceção dos que têm ‘hora marcada’ (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje e o Disque-Coleta) destinados a São Paulo capital e Região Metropolitana, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Rio de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta.”
A população já sente os efeitos da greve. Dono de uma gravadora no Rio de Janeiro, o produtor Marcelo Froes diz que está tendo problemas para desenvolver seu trabalho. “Utilizamos os Correios para remessa de amostras de nossos produtos para a crítica especializada em todo o País. Pela terceira vez, a greve atrapalha nossos lançamentos, já que é fundamental coordenar a chegada dos CDs às lojas com o trabalho de divulgação.” / CÉLIA FROUFE COM MARCIO DOLZAN E LUIZA VIEIRA, ESPECIAL PARA O ESTADO

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