> TABOCAS NOTICIAS : Serra e Haddad elevam tom das críticas e trocam farpas em debate

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Serra e Haddad elevam tom das críticas e trocam farpas em debate



José Serra (PSDB) e Fernando Haddad no debate promovido pela TV Cultura e pelo Estado de S. Paulo
Foto: Agência O Globo / Marcos Alves
Em empate técnico na disputa municipal, segundo as últimas pesquisas eleitorais, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) elevaram o tom das críticas e trocaram farpas no debate televisivo realizado na noite desta segunda-feira pela TV Cultura, pelo Grupo Estado e pelo Youtube. A primeira provocação partiu do petista, ao ser questionado pela adversária do PPS, Soninha Francine, sobre o fato do PT ser comandada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que convenceu a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy a abrir mão da disputa eleitoral. Na resposta, Fernando Haddad negou que a senadora seja comandada pelo ex-presidente e ressaltou que, diferente dela, José Serra deixou o cargo que ocupava, em 2006, para concorrer ao governo de São Paulo.

- A Marta Suplicy não deixou o Senado Federal para não acontecer o que aconteceu em São Paulo. Ainda que assuma o Ministério da Cultura, ela não renunciou ao mandato de senadora. Em São Paulo, José Serra, em 2006, renunciou ao compromisso com a capital paulista e comprometeu a administração, que é uma das piores do país. Não podemos adotar essa sistemática amadora - afirmou.
Na sequência, o candidato do PT questionou o adversário do PSDB sobre o fato de ter acusado a presidente Dilma Rousseff de “meter o bico” em São Paulo, na semana passada. O ex-governador tucano disse que a presidente “usa o governo como propriedade privada”, referindo-se à nomeação de Marta Suplicy para o Ministério da Cultura.
- Não tem nenhuma conotação de agressividade (a declaração). A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm todo o direito de manifestar opinião. O que eu disse foi em relação ao fato da presidente fazer uma mudança e convidar a Marta Suplicy em troca do apoio à sua candidatura - justificou.
O candidato do PT alegou que a declaração foi feita antes da confirmação de Marta Suplicy como ministra da Cultura. Fernando Haddad acusou o adversário do PSDB de ter sido deselegante com a presidente.

- Sua declaração é anterior ao anúncio da nomeação da Marta Suplicy. Não deveria competir a você questionar como a presidenta compõe a equipe, enquanto ela tem 80% da aprovação. Você é muito deselegante com seus adversários e também com colegas de partido - afirmou o candidato do PT.
Na dianteira da disputa eleitoral, o candidato do PRB, Celso Russomanno, também foi alvo de ataques. O ex-deputado federal foi chamado de “duas caras” pelo adversário do PDT, Paulinho da Força, e de “filho bastardo do lulo-petismo” e de “filho do populismo conservador em São Paulo” pelo adversário do PSOL, Carlos Giannazi (PSOL). Já Serra associou Russomano à figura de Paulo Maluf (PP).
- Imagina se a prefeitura e o estado tivessem atuado no padrão Paulo Maluf, com quem você trabalhou e com quem você era ligado - disse o tucano, que ressaltou seus feitos na área quando prefeito ao comentar a pergunta feita ao candidato do PRB sobre saúde pública.
Haddad, por sua vez, evitou fazer ataques pessoais ao atual líder nas pesquisas eleitorais. Russomanno também não revidou às provocações dos principais adversários.
- Desde o início da campanha tenho dito que não farei ataques pessoais, não farei comentários - disse, escolhido para comentar a aliança entre Maluf e Haddad.
O líder das pesquisas também evitou comentar questões religiosas, dizendo que não vai nomear líderes da Igreja Universal para cargos, caso eleito.
- Aqui no Brasil não existe guerra religiosa. Todas as pessoas se respeitam. A igreja não faz parte de um governo. Nós estamos num estado laico, onde temos a liberdade de escolha religiosa. As pessoas que estarão no meu governo serão as mais competentes, as mais capacitadas - ressaltou Russomanno.
A primeira pergunta do debate eleitoral, feita pelo jornalista Mario Sergio Conti, referiu-se ao motivo de Celso Russomanno estar na frente na disputa eleitoral. Paulinho da Força ressaltou que o candidato do PRB votou contra projetos de interesse dos trabalhadores, como o fator previdenciário. Carlos Giannazi criticou a proposta de Celso Russomanno de verticalização de creches. Celso Russomanno, em contrapartida, disse que a eleição municipal não está ganha e rebateu os ataques de Paulinho e Giannazi. De http://oglobo.globo.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário