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terça-feira, 18 de setembro de 2012

SUÉCIA: Médicos suecos fazem transplante de útero de mãe para filha

DA ASSOCIATED PRESS
Duas mulheres da Suécia estão carregando o útero de suas mães. Segundo os médicos responsáveis, esses são os primeiros transplantes de útero de mãe para filha.
Especialistas da Universidade de Goteborg fizeram a cirurgia no último fim de semana sem complicações, mas dizem que só vão considerar o procedimento bem-sucedido se as mulheres engravidarem depois do fim do período de observação, que termina daqui a um ano.

"Não vamos dizer que foi um sucesso completo até que isso resulte em crianças", disse Michael Olausson, um dos cirurgiões, à agência Associated Press. "Essa é a melhor prova."

Ele disse que as receptoras começaram o tratamento de fertilização antes da cirurgia.

Hormônios foram usados para estimular os ovários, que elas já tinham, para produzir óvulos. Os cientistas vão fertilizar os óvulos com espermatozoides no laboratórios e congelar os embriões, que, depois disso, serão descongelados e transferidos para as mulheres se elas estiverem em boas condições de saúde daqui a um ano, segundo Olausson.
Depois de até duas gestações, o útero das duas será removido.

A universidade afirmou que uma das receptoras teve de remover seu útero há muitos anos por causa de câncer cervical. A outra nasceu sem útero. Ambas têm cerca de 30 anos.

"As duas pacientes estão bem mas estão cansadas após a cirurgias. As mães, que doaram o útero, já estão caminhando e terão alta hospitalar em alguns dias", afirmou Mats Brannstrom, líder da equipe, em um comunicado.

Médicos da Turquia, no ano passado, afirmaram ter feito o primeiro transplante de útero bem-sucedido, dando um útero de uma doadora morta a uma jovem. Segundo Olausson, essa paciente está bem, mas não se sabe se ela já fez tratamento de fertilização.

Em 2000, médicos da Arábia Saudita transplantaram um útero de uma doadora viva, mas o órgão foi removido três meses depois por causa de um coágulo sanguíneo.

Scott Nelson, chefe de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Glasgow, afirmou que os transplantes suecos foram um grande passo, mas destacou a necessidade de esperar que aoperação resulte em gestações para ver se houve mesmo sucesso.

"Em termos de riscos para a gravidez, as maiores preocupações são a placenta não se desenvolver de forma normal, o bebê não crescer como esperado e nascer prematuro", afirmou Nelson, não envolvido com os transplantes. "O nascimento prematuro é o principal risco."

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