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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

COLLOR LIDERA A TROPA DE CHOQUE LULISTA


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247 - Levado a renunciar à Presidência da República há 20 anos, graças às pressões lideradas, entre outros, por dirigentes do PT, o hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) tomou a frente da tropa de choque lulista no Congresso Nacional. Numa época em que o ex-presidente Lula virou alvo indireto de investigações, denúncias e até julgamentos no Supremo Tribunal Federal, Collor articulou, nesta quarta-feira, a aprovação de convite ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Congresso Nacional, sob o pretexto de prestar esclarecimentos sobre a "Lista de Furnas". E FHC é apenas um dos considerados algozes lulistas acertados pelo senador petebista nos últimos meses.

Collor também conseguiu aprovar na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), também como pauta extra, um requerimento de convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável por apresentar a denúncia do mensalão ao Supremo Tribunal Federal, que acabou resultando na condenação de 25 réus e desgastou o PT. A ideia de Collor é que Gurgel preste esclarecimentos acerca da "confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério Público e da Polícia Federal".


O senador vinha tentando uma convocação de Gurgel há meses, principalmente no âmbito da CPI do Cachoeira, na qual acabou se tornando uma das vozes mais eloquentes a favor da convocação do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Jr., e do dono do Grupo Abril, Roberto Civita. Collor chegou a chamar Policarpo de "quadrilheiro" e Civita de "bandido" (relembre), mas as tentativas de convocar representantes da principal revista de oposição ao governo e ao legado de Lula foi em vão.

Os convites a FHC e Gurgel aprovados nesta quarta-feira mostram, contudo, que o senador não esquece tão fácil as missões que se auto-impõe -- o que significa que a revista Veja ainda não se livrou de ter de explicar ao Congresso suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ironicamente, o papel de principal liderança da tropa de choque lulista coube a um ex-presidente que se elegeu sem receio de bater duro contra o então adversário Lula na reta final da eleição de 1989, e que acabou caindo graças a pressões do partido que derrotara.

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