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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Conheça oito erros comuns na hora de renegociar as dívidas

Aiana Freitas Do UOL, em São Paulo 

O fim do ano é uma boa época para renegociar dívidas. De olho no pagamento do 13º salário, bancos e lojistas costumam facilitar o pagamento para ajudar o consumidor endividado a limpar o nome e voltar às compras. Em São Paulo, um mutirão de renegociação é realizado até sábado (8). Na ânsia de tirar o nome dos cadastros de proteção ao crédito, porém, muitos consumidores cometem erros que não só tornam aquela dívida muito cara como podem, no futuro, inviabilizar seu pagamento.
Deixar de considerar o prazo de pagamento e os custos que estão embutidas na dívida são alguns desses erros, aponta o economista Samy Dana, professor da FGV. "Às vezes a taxa oferecida em uma negociação é até baixa, mas o pagamento será feito por um prazo muito mais longo do que o necessário. É melhor uma dívida de um dia com 100% de juros do que uma dívida de um ano com 95% de juros", exemplifica o economista. Além do prazo longo de pagamento, as tarifas embutidas no financiamento, assim como os impostos e os seguros, podem tornar a prestação mais alta. "É preciso computar todos esses custos", diz Dana.

Consumidor tem a ilusão de que amanhã 'dará um jeito' 

Os endividados se tornaram alvo recorrente de instituições financeiras neste ano, mas deixar-se levar pela publicidade de alguns produtos pode ser outro erro, diz a planejadora financeira Rosário Pujado, sócia da Practa Educação Financeira. Linhas de crédito contratadas sem necessidade de comprovação de renda (destinadas a quem está com o nome sujo), título de capitalização que sorteia dinheiro para pagamento de dívidas e empréstimo que permite ao consumidor "pular" uma parcela estão entre as opções oferecidas no mercado. "Muitos consumidores têm a ilusão de que hoje estão apertados, mas amanhã conseguirão 'dar um jeito' na dívida. Isso nunca acontece", diz Rosário Pujado. Empolgar-se com a possibilidade de limpar o nome e comprometer uma parte muito grande da renda com o pagamento da dívida é outro problema apontado por ela. "É preciso tentar chegar a um acordo viável. De maneira geral, nunca se deve comprometer mais do que 30% da renda com o pagamento das dívidas. E não 30% do salário que aparece no holerite, mas do salário líquido." Dentro desse limite de 30% devem ser consideradas todas as dívidas, incluindo-se aí a prestação da casa e do carro, por exemplo. O que sobra é o dinheiro necessário para o pagamento das despesas do dia a dia. De nada adianta, também, tirar o nome do SCPC ou da Serasa e correr para fazer novas compras a prazo. Esse é um dos erros apontados pelo educador financeiro Reinaldo Domingos. "É preciso reservar dinheiro para o pagamento da parcela. Sair das dívidas é o sonho de muita gente, e é preciso priorizá-lo."

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