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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ILHÉUS-BA: Carnaval é cancelado por falta de recursos


O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, anunciou na tarde desta terça-feira, 15, em coletiva à imprensa, que não haverá festa de Carnaval no município em 2013, por absoluta falta de recursos públicos. “Seria uma irresponsabilidade de minha parte se eu autorizasse a realização da festa, diante do estado crítico em que encontrei as finanças da prefeitura”, atestou o prefeito. A entrevista ocorreu no Salão Nobre do Palácio Paranaguá, com a presença do vice-prefeito, Carlos Machado (Cacá) e dos secretários de Turismo, Alcides Kruschewsky; Administração, Ricardo Machado e Relações Institucionais, Jailson Nascimento. Jabes comunicou que somou todos os esforços para a realização da folia momesca, mas nem com o apoio do governo do Estado seria viável sua realização, diante da dificuldade de oferecer serviços básicos para garantir o conforto dos foliões, como limpeza, iluminação, ordenamento dos ambulantes e saúde. O prefeito disse, contudo, que está formando parcerias para a realização de um evento festivo durante o período da Semana Santa. “Estamos tentando junto à Secretaria de Turismo do Estado promover um evento forte na Páscoa, com motivos da Semana Santa”, comentou, reafirmando que tudo será feito sem utilização dos recursos municipais. Antes de falar do carnaval, o prefeito destacou as dificuldades da gestão para equilibrar as contas municipais. “Estamos reunindo elementos para equacionar as contas públicas, mas este é um processo longo e de absoluto sofrimento, por conta da realidade em que encontramos o município”, frisou. Durante a coletiva, Jabes pontuou alguns problemas financeiros identificados pelos técnicos da secretaria de Administração, deixados pela gestão anterior. “O município tem uma dívida de R$ 3 milhões em consignação que não foram pagos e cerca de R$ 2,4 milhões com precatórios junto ao Tribunal de Justiça da Bahia. Somente em 2011, foram gastos R$ 36 milhões a mais que o arrecadado; além disso, o orçamento previsto para este ano está muito longe da real arrecadação, e por isso terá que ser revisto”, informou. O prefeito também disse que existe a possibilidade de que o repasse do Fundo de Participação dos Municípios seja zero até o final deste mês, mas firmou o compromisso de reestruturar a cidade. “Eu vou organizar esse município, tenho um secretariado competente e comprometido para isso”, assegurou, destacando que medidas iniciais já foram tomadas para tanto, a exemplo da redução de 43% dos cargos comissionados, assinatura dos 12 decretos que estabelecem normas para a funcionalidade dos serviços públicos, redução da folha de pagamento que chegava a 72% das receitas líquidas, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que as despesas com pessoal não ultrapassem 54%.

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