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segunda-feira, 4 de março de 2013

Dilma luta para convencer empresários a investir


Por Brian Winter
SÃO PAULO, 4 Mar (Reuters) - As conversas muitas vezes duram duas horas, e até quatro. A presidente Dilma Rousseff faz perguntas detalhadas, mas ouve atentamente as respostas, com um olhar impenetrável que ocasionalmente enerva seus convidados.
Fala-se de investimentos e da necessidade de prosperidade partilhada --um tema favorito de Dilma. Mas em seus encontros com os principais líderes empresariais do Brasil, a conversa inevitavelmente se volta para os gargalos graves que levaram a economia do país a um crescimento pífio depois de um boom histórico na última década.
"O Brasil precisa se concentrar agora em questões como produtividade e redução de custos, porque essa é a única maneira de crescer de forma sustentável", disse Marcelo Odebrecht, que comanda um conglomerado global que leva o nome de sua família.
"Eu acho que percebemos isso, e a presidente está se movendo nessa direção", disse ele em uma entrevista. "Esse é o seu foco --olhar para esses obstáculos para fazer o Brasil crescer novamente."
As reuniões, que se intensificaram nas últimas semanas, são uma parte crítica dos esforços de Dilma para convencer executivos a começar a investir de novo e ajudar a levantar a economia após dois anos consecutivos de crescimento decepcionante.
Os bate-papos com figuras bem conhecidas como Marcelo Odebrecht e o bilionário da mineração e energia Eike Batista ocorrem enquanto Dilma busca desmontar uma percepção de que ela não é amigável ou mesmo hostil em relação ao setor privado.
Tendo cumprido metade de seu mandato, Dilma fez muitos inimigos no mundo dos negócios. Ela condenou os bancos pela cobrança de taxas de juros elevadas, interveio fortemente na taxa de câmbio e realizou reformas controversas como um corte nas contas de luz que destruiu bilhões de reais do valor de mercado de empresas do setor elétrico.
Dilma argumenta que todas as suas decisões respeitam os contratos vigentes e as leis, e foram necessárias para colocar a economia do Brasil nos trilhos rumo a seus dias de glória de crescimento rápido como o visto no fim da década dos anos 2000.   Continuação...

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