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domingo, 24 de março de 2013

É só Marco Feliciano que não presta? E os demais são diferentes?

Em 8 de outubro de 2010 publicamos matéria aqui com o título "Voto proporcional é um caso a ser revisto" (Leia aqui), abordando a necessidade de ser modificado o sistema eleitoral brasileiro, que traz resultados nas eleições para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais que em nada retratam a verdadeira vontade do eleitorado. Quando o eleitor vai às urnas ele não vai votar em partidos e muito menos em fórmulas matemáticas. Ele vota em candidatos, em pessoas, daí ser injusto que gente com muito voto não se eleja e que candidatos com votação inexpressivas obtenham mandatos que na verdade não lhes foram outorgados. Tais candidatos chegam aos legislativos 'pendurados' na votação de outro chamado puxadores de votos;
Nos dias atuais assistimos grande agitação provocada pelo deputado federal do Rio de Janeiro Jean Wyllys (PSOL), que sempre se declarou homossexual e que se intitula representante dos gays, apesar de ter obtido apenas 13.018, graças à votação do deputado Chico Alencar, que alcançou 240.352 votos nas eleições de 2010. O número de votos obtidos por Jean Wyllys não o credenciam como representante da comunidade gay e de simpatizantes, que são capazes de levas às ruas quase 2 milhões de participantes, números que não credenciam o parlamentar como representante de tanta gente. Mas ele é deputado e como tal está à frente de toda movimentação que protesta contra a indicação do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, logo ele que é contestado por declarações que caracterizariam racismo e homofobia;
Em meio a tudo isso não apareceu nenhum líder de qualquer movimento negro (afrodescendente, como se diz agora) protestando contra Marco Feliciano, somente os integrantes ou simpatizantes dos movimentos gays. Algumas manifestações têm chegado ao nível de intolerância religiosa, pois declarações atribuídas a Wyllys contra os evangélicos levaram manifestantes a promoverem distúrbios em frente à igreja dirigida pelo deputado-pastor, ferindo o direito das pessoas que se encontravam no templo e que não têm nada a ver com os problemas políticos que envolvem Marco Feliciano, pois estavam ali em atitude de culto. Existem também afirmações atribuídas ao representante fluminense que estão provocando reações de grupos pedindo até a cassação de seu mandato, um exagero, visto que ele está no cargo eleito legitimamente, apesar da legislação eleitoral ultrapassada;
As manifestações tanto de rua como através das redes sociais estão sendo constantes. Isso é um direito de todos. Espera-se, também, que aconteçam manifestações nos mesmos níveis contra outros absurdos, como as eleições do senador Renan Calheiros e do deputado Henrique Alves para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, a indicação dos ainda deputados José Genoino e João Paulo Cunha, mensaleiros do PT já condenados à prisão, para integrarem a Comissão de Constituição e Justiça, e de outros parlamentares que respondem a processo para presidirem outras comissões, e, finalmente, contra as nomeações de novos ministros feita nos últimos dias pela presidente Dilma, reabilitando na sua equipe figuras que haviam sido banidas do Governo quando ela ganhava a agora falsa imagem de 'faxineira' contra quem praticara 'malfeitos' na administração pública;
Se continuar na mesma, não há outra chance que não seja as eleições de 2014, quando poderão ser todos banidos pela força do voto. Se não, os eleitores continuarão sendo coniventes com esse estado de coisas que acontece na política brasileira. por Airton Leitão

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