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sábado, 2 de março de 2013

PREFEITURA DE SÃO PAULO COMETEU HOMICÍDIO CULPOSO


(Reinaldo Azevedo)
Agora entendi. Há um “homem novo” na Prefeitura de São Paulo, que é Fernando Haddad. E há também um procedimento novo. Só que ele pode matar! A fachada de um imóvel em obras desabou na Avenida Liberdade, na noite desta quinta Matou uma pessoa que passava na calçada. Leio na Folha que a Prefeitura sabia do risco. Reproduzo um trecho do texto.
“Uma vistoria feita pela Subprefeitura da Sé no local há 10 dias mostrou que havia perigo de a fachada do imóvel cair sobre a calçada e a rua. A informação é da própria subprefeitura. De acordo com a gestão Fernando Haddad (PT), o responsável pela obra foi intimado a fazer a segurança imediata do local sob o risco de ter a obra embargada.”
Tá. Não sei se entendi direito, mas acho que sim. O Poder Público foi lá e constatou: “Ó, esse troço todo pode cair sobre a calçada. Dá um jeito aí, ou eu volto e embargo a obra”. E pronto! Os homens de Haddad se mandaram. A coisa poderia ter parado por aí. Mas houve sequência. A estrovenga veio abaixo e matou Marco Antônio dos Santos, de 50 anos. Ele não tinha nada a ver com a história. Foi apenas vítima da irresponsabilidade alheia — de quem tocava a reforma e do poder público.
Na TV, diga-se, ouvi a fala de um representante da subprefeitura. Afirmava, eloquente, que o prédio parecia uma casca de ovo, só com a estrutura aparente; lá dentro, disse, estava tudo oco. E estava mesmo. Só que a administração sabia.
Esse é o procedimento de um “homem novo” na Prefeitura. Então se sabia do risco de aquilo tudo vir abaixo — e isso significava que pessoas poderiam efetivamente morrer —, e o Poder Público não interditou o local? Lamento! Trata-se, quando menos, de um caso de homicídio culposo: a Prefeitura não foi negligente com o objetivo de matar, mas a sua negligência, é evidente, concorreu para a morte de Marco Antônio. Ao não impedir a circulação de pessoas pelo local, a administração decidiu correr o risco de matar. A família pode e deve pedir indenização ao poder público.
Para encerrar: a região em que se deu o desabamento é cercada de faculdades. Por ali transitam milhares de estudantes. A morte de um homem, em razão da negligência oficial, é um absurdo em si. Mas poderia ter havido uma tragédia.

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