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segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Qualquer maneira de amor vale a pena", diz Daniela Mercury na Parada Gay


A 17º Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bisexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo, a maior da América Latina, que acontece neste domingo (02/6), é marcada por protestos contra a homofobia e pedido de maior direitos aos gays. A principal estrela do evento é a cantora baiana Daniela Mercury.

A artista, que recentemente assumiu o relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, aproveitou para criticar o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC).

"Feliciano, qualquer maneira de amor vale a pena", disse a cantora, fazendo referência a música Qualquer maneira de amor vale a pena, de Milton Nascimento.

No trio elétrico onde aconteceu o show de Daniela, que virá a Brasília no próximo sábado (08/6), estavam presentes a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o deputado Jean Willys (PSol/RJ).

Mais política
Durante entrevista coletiva concedida na manhã deste domingo (2), Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), disse que a Parada do Orgulho LGBT não pode ser vista apenas como um carnaval fora de época.

"A parada não é um carnaval fora de época. Mas sim o maior movimento de visibilidade massiva de uma parcela da comunidade que sofre diariamente preconceito e discriminação, violência, ódio e intolerância”, disse o presidente da APOGLBT.

O tema da Parada do Orgulho LGBT deste ano é Para o Armário Nunca Mais! União e Conscientização na Luta contra a Homofobia.

Quaresma criticou o Congresso Nacional, dizendo que “o Poder Legislativo tem sido omisso no cumprimento de seu papel de fazer lei e garantir o fim da injustiça social”. Sem citar nomes, disse que alguns parlamentares - a quem se referiu como “fundamentalistas religiosos” - estão “atacando o Estado laico e os direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”.

Segundo Quaresma, nos últimos 20 anos, mais de 3 mil pessoas morreram no país vítimas da intolerância social.

Presente ao evento, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, também criticou a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Temos agora a tragédia grega que é na Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados. Atingimos o ápice da falta de respeito à comunidade e aos direitos humanos. É um acinte uma pessoa com um discurso homofóbico estar presidindo uma comissão que trata exatamente de combater a homofobia e tudo que é contra os direitos humanos”, disse.

Visibilidade
A organização do evento prevê cerca de quatro milhões de pessoas na Avenida Paulita (região central de São Paulo).

A parada é animada por 17 trios-elétricos. Um caminhão-baú, atrás do quarto trio-elétrico, arrecadando doações que serão depois destinadas a diversas entidades filantrópicas que prestam auxílio a famílias carentes.

Para garantir a segurança da Parada do Orgulho LGBT deste ano, a Polícia Militar (PM) escalou 1,8 mil policiais. A Guarda Civil Metropolitana está com mil homens para atuar na segurança e no combate ao comércio ilegal. O serviço de inteligência da PM, inclusive, monitora as redes sociais e os blogs para evitar possíveis ações de grupos de intolerância.

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