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domingo, 9 de junho de 2013

Viciados trocam família e dignidade por crack

Meio-dia de sexta-feira. Em vez de um prato de comida, a catadora de recicláveis Rosa Pereira (nome fictício), 38 anos, optava por uma pedra de crack, para alimentar o vício. Ela estava na localidade conhecida como Gameleira, uma via de acesso à Ladeira da Preguiça, Centro Histórico. Com a intensificação do policiamento nas antigas "cracolândias" das ruas do Gravatá e da Independência, aquele passou a ser mais um esconderijo alternativo utilizado por dependentes químicos para o consumo da droga na capital baiana. Em meio aos escombros de um antigo casarão abandonado, assim como Rosa, pelo menos meia dúzia de outras pessoas utilizava cachimbos artesanais para tragar a fumaça da pedra, cujo efeito no organismo certamente ofuscava a vista para a Baía de Todos-os-Santos. A paranoia de se esconder para fumar leva os dependentes químicos a frequentarem locais subumanos, como o córrego por onde passa o Rio das Tripas, nas Sete Portas. Durante o dia, os viciados costumam se concentrar em frente ao antigo prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Outro ponto usado por eles é a ponte que liga o Costa Azul à Avenida Magalhães Neto, ambas zonas nobres da capital. O ambiente está repleto de restos de papelão, sucata, garrafas plásticas e carrinhos de supermercado inutilizados. Quem circula por estas áreas diz sentir medo de ser assaltado, a exemplo da estudante de nutrição Joana Cardoso, 23, que pratica atividades físicas na Avenida Magalhães Neto. "Nunca aconteceu comigo, mas já ouvi dizer que a droga os deixa agressivos, com vontade de consumir mais", diz. A Tarde

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