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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Renato Aragão, aos 82 anos: “Se me aposentar, eu morro”

O eterno trapalhão volta aos cinemas nesta semana com o 50º filme de sua carreira
Renato Aragão, aos 82 anos, no novo filme: “A única coisa que permanece são as músicas do Chico Buarque, que são imortais (Foto: Paprica Fotografia) epoca.globo

Quase 40 anos depois de Os saltimbancos Trapalhões, clássico do cinema nacional de 1981, Renato Aragão dá continuidade à franquia com Os saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood, o 50º longa-metragem da carreira do eterno Didi Mocó, que estreia no dia 19. “Não é um remake, é uma história completamente diferente da versão anterior”, diz Renato, que completou 82 anos no último dia 13. “Não levanta essa lebre da minha idade, meu filho, tenha pena de mim.”

Por que decidiu voltar ao cinema?
A ideia surgiu após o musical dos Saltimbancos que fiz há três anos. Foi minha estreia no teatro, estava com medo, mas foi um sucesso, mais de 1.000 pessoas por sessão. Daí pensei: vou levar isso para o cinema. Mas a única coisa que permanece são as músicas do Chico Buarque, que são imortais.

Fazer rir está mais difícil hoje?
Não sei. Há tanta coisa ruim acontecendo. Posso dizer que o humor que faço é o mesmo, não muda, não sei fazer outra coisa. Sinto que tudo hoje é mais eletrônico, não tem mais aquilo de você chegar à frente da TV, sentar na cadeira do cinema e rir descontraidamente. Esse humor, digamos, mais intelectual para mim não cola.
Renato e integrantes do elenco do filme que estreia no dia 19: “O humor que faço é o mesmo. Essa coisa mais intelectual para mim não cola” (Foto: Divulgação)

Sente falta de fazer TV?
Já fiquei fora do ar várias vezes. Cheguei a ficar seis anos longe da TV após a morte dos meus companheiros, e depois voltei com A turma do Didi. Sinto falta, quero voltar com um novo projeto, talvez ainda neste ano. Já comecei a mexer nesse sentido. Também estou começando a juntar minhas histórias e escrever minha biografia, que pretendo lançar o quanto antes.

Renato Aragão com Lucinha Lins, Mussum, Zacarias e Dedé no clássico de 1981: “Não sou saudosista” (Foto: Reprodução)

Pensa em aposentadoria?
O que é isso, rapaz? Aí eu morro. Isso nunca passou pela minha cabeça. Não sou saudosista, quem se fixa no passado vai junto com ele. Quero é saber o que vou fazer daqui para frente. Me cuido com ótima alimentação, não como carne vermelha nem doce. Malho todo dia, inclusive aos sábados e domingos. Mantenho a mente sempre ativa e sou como a Globonews: nunca desliga.

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