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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Com Bandeira, Flamengo disputou 21 troféus: três títulos, três vices e muitos fracassos

Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.com.br//GETTY
Réver, capitão do Flamengo, no jogo de mais um vice diante do Independiente

O título da Copa do Brasil em 2013 foi surpreendente. Sem dinheiro, com orçamento apertado e repleto de jogadores desconhecidos no elenco, o Flamengo superou adversários bem colocados na Série A para ganhar a taça. E justamente no ano em que ela ficou mais difícil, com as equipes participantes da Libertadores voltando a disputá-la. Aquela seria a única surpresa agradável para o torcedor na gestão de Eduardo Bandeira de Melo pelo menos por quatro anos.

Depois disso o clube disputou 18 outras competições, ganhou apenas dois Estaduais, em 2014 e 2017, este quando já tinha orçamento próximo ao dos rivais Botafogo, Fluminense e Vasco somados. Foram três vices, dois deles recentes e que machucaram a torcida em intervalo interior a três meses, para o Cruzeiro, na Copa do Brasil e Sul-americana, diante do Independiente.

Nas duas Libertadores que o Flamengo participou na gestão do atual presidente, que está prestes a entrar no último ano de seu segundo mandato (não poderá mais se reeleger), algo em comum: eliminações precoces, na fase de grupos. Em 2014 com elenco ainda frágil, diante do León no Maracanã lotado. Neste ano na Argentina, para o San Lorenzo, já com alto investimento.

Na Sul-americana, apesar de chegar à final neste ano, o Flamengo também fez feio. Foi no ano passado, quando caiu diante do modestíssimo Palestino, do Chile, jogando no território nacional! Outro papelão foi o da Copa do Brasil 2014. Vencia por 3 a 0 o Atlético no placar agregado e em menos de uma hora de futebol tomou a virada no Mineirão: 4 a 1 no jogo, 4 a 3 na disputa foi o resultado histórico.
As classificações do Flamengo nos certames disputados com Bandeira na presidência
Pelo mesmo certame, em 2016 o Flamengo de Bandeira perdeu para dois times da Série C, o Confiança, que foi eliminado na volta, e o Fortaleza, que desclassificou os rubro-negros jogando no Rio de Janeiro. Uma temporada antes, o algoz foi o Vasco, que no mesmo ano despachou o Flamengo no Estadual, repetindo a dose no campeonato carioca seguinte, mesmo em crise e sendo rebaixado na Série A.

A Primeira Liga foi uma competição pela qual o atual presidente do Flamengo trabalhou muito. Nela, duas eliminações para times de Curitiba, mesmo com mando de campo. Em 2016 o Atlético eliminou os flamenguistas em Juiz de Fora, e neste ano o Paraná levou a melhor no confronto em Cariacica, ao vencer a disputa de pênaltis (5 a 4) após o jogo terminar em 1 a 1.

Pé frio? Talvez. Mau gestor do futebol? Com toda certeza. Desde 2015 o Flamengo mostra poder de investimento, mas levantou apenas uma taça local. Sem dinheiro, ganhou duas em menos de um semestre, entre 2013 e 2014, uma delas de âmbito nacional. Hoje o Flamengo tem Centro de Treinamentos e oferece condições de trabalho muito melhores aos seus atletas. Mas fracassa.

Mas comemora sexta (!) colocação no Brasileiro e classificação suada à Libertadores como título. O que seria até aceitável, não fosse o fato de o Flamengo ter um dos maiores orçamentos da competição. Além de ter derrotado o Vitória de forma surpreendente, nos minutos finais, graças a um tolo pênalti cometido nos últimas instantes. O que era para ser alívio virou festa e euforia.

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Vaz, a euforia de Bandeira e a emoção do diretor Rodrigo Caetano com o sexto lugar

O DNA perdedor é a marca do futebol rubro-negro na gestão Bandeira. E isso não tem qualquer relação com a boa administração que o clube tem há quase cinco anos. O que outros departamentos fazem de positivo para colocar finanças em dia e ampliar o poder de investimento resulta em fiascos no campo. Reflexo de uma gestão fracassada. E o presidente ainda tem mais um ano para mandar no futebol.

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